Cartão de Natal
O cartão de que se fala e a bitola inventada para ele.

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Certas peças distinguem-se pela criatividade. Os cartões de Natal são um exemplo comum. As empresas procuram que essas peças sobressaiam, seja pelo acabamento luxuoso, seja pela originalidade. Os designers recorrem muitas vezes a recortes especiais, para que os cartões marquem boa presença no proverbial parapeito da lareira.

Para quem produz essas peças, muitas vezes o desafio é precisamente a sua originalidade, que compromete a utilização dos processos habituais de fabrico e por vezes obriga a morosas intervenções manuais, pois saem dos parâmetros para que as máquinas foram concebidas.

Vejamos, por exemplo, este cartão da BWV que acabámos de produzir. O designer concebeu um efeito interessante: criar a árvore de natal com recortes e dobras a abrirem-se numa projeção tridimensional.

Cortantes
Estes foram os cortantes usados para recortar as árvores de Natal.

Os cartões deveriam, naturalmente, ser entregues já dobrados de tal maneira que, ao serem abertos, a árvore de Natal se projetasse. As pequenas presilhas de papel tinham que ser dobradas para o interior, por dentro do vinco principal de dobragem do cartão.

Estávamos quase resignados a ter que recrutar uma brigada para dobrar manualmente os cartões, um a um, quando a mente brilhante do Luís Rodrigues, com muitos anos disto, concebeu uma solução criativa equivalente à criatividade do designer: com pedaços de metal e plástico que pescou pela oficina, mais uma quantidade não despicienda de fita-cola, criou uma bitola que permitiu dobrar o cartão de forma semimecânica, com precisão e rapidez!

Quem pega no cartão não sabe disto, mas nós estamos orgulhosos (especialmente o Rodrigues, é claro) pela nossa capacidade de inventar soluções invulgares para problemas invulgares.

  16-12-2016